sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Room 237 (2012)

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Room 237 de Rodney Ascher é um documentário longa-metragem que passa na edição deste ano do MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, e que se assume como uma espécie de Código Da Vinci no qual se analisa toda a simbologia escondida da obra do mestre Stanley Kubrick inspirado no conto de Stephen King, The Shining.
Ascher com base em testemunhos daqueles que ao longo dos anos têm tentado decifrar os inúmeros significados da obra de Kubrick, cria assim este documentário com recurso a excertos do filme, reconstruções e outras imagens de arquivo onde as teorias sobre o Holocausto, sobre a conquista do Oeste e a corrida ao ouro se cruzam com uma própria vontade do realizador em desmascarar alguns contratos celebrados e que, para os investigadores, se relacionam com a não chegada do Homem à Lua, entrelaçando o espectador num sem número de teorias mais ou menos plausíveis e que nos deixam num estado de continuar com mais dúvidas do que aquelas que já teríamos àcerca do filme.
Com uma clara referência ao quarto onde no filme The Shining se desenrola um dos mais importantes segmentos do mesmo, por muitos considerado o próprio "coração" do Overlook Hotel e a partir do qual toda a acção se despoleta, este documentário serve essencialmente como forma de abrir mais portas e questões do que propriamente encerrar algumas das dúvidas que têm persistido nas mentes daqueles que investigam essa mesma simbologia, exercendo assim um maior poder de atracção e persuasão sobre aqueles que acreditam nas inúmeras teorias da conspiração (sejam elas reais ou não), mas mesmo assim uma peça interessante para os fãs do filme e do realizador que foi um dos grandes mestres do cinema do século XX.
Não sendo um filme maior ou sequer confirmado em qualquer que fose das teorias apresentadas, não deixa no entanto de ser interessante verificar algumas das abordagens que são dadas ao filme, aos seus objectos e à forma como encaram cada segmento que aqui é apresentado, constituindo-se assim numa forma eficaz de marketing para aqueles que nunca viram a obra de 1980 (impossível mas ainda os há), como para todos aqueles que o querem redescobrir passados tantos anos... eu sei que serei um deles.
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6 / 10
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