sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Anacondas: The Hunt for the Blood Orchid (2004)

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Anacondas: Em Busca da Orquídea Maldita de Dwight H. Little é mais um daqueles filmes que adoramos detestar. Vemos mais que não seja por sentirmos aquele gosto, já adquirido desde o início, de sabermos que nada de útil ou de qualidade vá sair daqui. Mas ainda assim não lhe conseguimos resistir.
Quando uma expedição científica se dirige para o Bornéu com o objectivo de encontrar uma rara orquídea que apenas floresce a cada sete anos, com o fim de a utilizar para a medicina, garantindo assim uma esperança de vida mais longa, e claro, a sua riqueza pessoal, longe estariam de pensar que iriam cruzar o seu caminho com um conjunto de gigantescas anacondas que os perseguiria até os conseguir eliminar.
No seu percurso, e após vários acidentes que aos poucos os vão vitimando, este grupo vai sendo reduzido e vê as suas esperanças desaparecerem a cada passo que dão não sem que antes alguns deles apenas se preocupem com o lucro que a tão rara flor lhes poderá dar, mesmo que para isso signifique abdicar da segurança e especialmente da vida de alguns.
Deixemo-nos de ilusões... Já vimos este tipo de filme desde que o primeiro deles apareceu há largos anos. Desde então mais nenhum, sem excepção, conseguiu conferir aos demais nada de extraordinário ou de novo que nos motivasse a olhar para o género com os olhos de quem aprova o que por aqui é feito. Na realidade nem a respeito do primeiro filme pensámos algo de positivo, simplesmente o tolerámos porque não existiam mais. A partir desse momento, e à excepção dos mais ou menos elaborados planos de eliminação da vida humana presente nestes filmes, nada do que por aqui se passa nos irá impressionar. Divertem-nos alguns, aborrecem-nos outros, mas na sua essência nada de especial ou de realmente bem feito ou original brinda estes títulos que, na prática quase se limitam a ser réplicas do anterior.
Assim, e na prática, há excepção de alguns efeitos mais ou menos bem feitos, aquilo que temos é um grupo grande de pessoas que foge pelo meio da selva, vão morrendo quer pelas investidas da gigantesca cobra ou pelas armadilhas que o meio ambiente lhes vai pregando, sempre em busca de um bem maior para a Humanidade (que é como quem diz em benefício da conta bancária pessoal), e no qual, já bem perto do fim da aventura, apenas resiste aquele duo que percebemos desde o início ter uma certa "química", e o(s) parolo(s) da praxe que nos vão fazendo rir com as palhaçadas que fazem.
Este é essencialmente "aquele" filme que gostamos de ver por sabermos que é mau mas que, assumidamente, nos diverte, nos faz ocasionalmente rir mas que acabamos por esquecer cinco minutos depois de terminar.
Felizmente este não termina com uma qualquer anaconda recém-nascida que irá dar continuidade à saga dos seus paizinhos mas lá no fundo todos nós sabemos que esta imensa aventura não irá terminar com este filme e que mais cedo ou mais tarde outro título do género irá agraciar os nossos olhos.
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2 / 10
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