segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Battle Los Angeles (2011)

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Invasão Mundial: Batalha Los Angeles de Jonathan Liebesman recupera a já tão tradicional vaga de filmes sobre a invasão mundial por parte de extra-terrestres que mais não querem do que a aniquilação massiva da população como forma de usarem de forma indiscriminada os seus recursos naturais. Neste caso em concreto esses recursos são, nada mais nada menos, do que a água.
Para evitar que isso aconteça, e depois de grande parte das cidades planetárias serem ocupadas e dizimadas, a grande resistente é a cidade californiana de Los Angeles onde um grupo de marines, no qual se destaca o renegado e já com uma certa idade Sargento Michael Nantz (Aaron Eckhart).
Nantz fora destacado para este batalhão após estar envolvido numa polémica missão que vitimou muitos dos seus homens. Aqui, relegado para segundo plano e sob as ordens de alguém muito mais novo, acabará por ser quem lidera estes homens na luta pelo controlo da cidade e na expulsão das forças extra-terrestres antes que estas consigam tomar não só o controlo da mesma como as vidas de todos os humanos que ainda conseguem resistir.
Na prática o argumento deste filme não nos dá nada de novo. Inúmeros são os exemplos que poderia estar aqui a referir de filmes cujo único propósito é a destruíção da Terra por um conjunto de extra-terrestres que nada mais têm que fazer do que esgotar os recursos naturais da mesma. Este argumento já está, sem sombra de dúvida, gasto.
Gasto está também o factor "militar com problemas salva o dia". Por muito que goste de Aaron Eckhart, e reconheço-lhe uma capacidade bem alargada para interpretações dramáticas intensas, mas aqui a única coisa que o safa é mesmo a simpatia que lhe tenho. A interpretação, própria para o género acção/ficção científica que é, não contém "sumo" suficiente para ser algo mais. Não se destaca. Aquilo que acontece é esperado passo-a-passo. Todos sabemos logo à partida que todo aquele drama que carrega aos ombros será dissipado após salvar o dia com esta turbulência toda.
Não poderei dizer que me irrita mas confesso que é algo que me vem a incomodar já há algum tempo, é o facto de Michelle Rodriguez estar conotada quase em absoluto com a militar "bad-ass" que dá conta de tudo e todos. Todos sabemos que as actrizes hispânicas nos Estados Unidos pouco mais servem do que para interpretações tipificadas com um determinado estracto social ou profissional mas... o que começa a ser demais... passa a enjoar. E sim, assumo a minha empatia por esta actriz e o trágico que é não aparecer com outro tipo de registo... é que a idade avança... e qualquer dia não a estou a ver continuar a ser militar mas agora de bengala... Bom, se bem que isso seria sim, no mínimo, original.
O ponto forte do filme, como é óbvio e não poderia deixar de ser são, claramente, os seus efeitos especiais quer a nível sonoro quer visual que, tal como seria esperado, estão no seu melhor. Dúvido que o filme chegue à nomeação para o Oscar na sua respectiva categoria mas, também não deixa de ser verdade que tanto a nível do trabalho elaborado com os extra-terrestres quer com a destruíção de Los Angeles, é francamente credível e bem executado.
De resto este filme não é bom, não é mau, simplesmente entretém. Hoje gostamos de o ver e amanhã estará, possivelmente, esquecido.
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6 / 10
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2 comentários:

  1. Gostei mas esperava mais. Para mim é uma cópia do Black Hawk Down mas com ET's. Gostei dos efeitos mas como dizes, de argumento... nada de novo :/

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  2. É o mal destes filmes... Acabam por valer só à custa dos efeitos...

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