quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sunshine (2007)

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Sunshine de Danny Boyle é um filme de ficção científica que conta com a participação de Cillian Murphy, Rose Byrne, Chris Evans, Mark Strong e Michelle Yeoh entre outros onde estes intervenientes estão numa missão no espaço em direcção ao sol que se encontra a morrer, com o objectivo de o reanimar e com isto restituir a vida ao planeta Terra que se encontra ameaçada.
Após uma primeira missão que havia falhado e de onde ninguém, supostamente, havia sobrevivido, uma segunda missão com inúmeros especialistas que além de pensarem na sua missão e nos seus potenciais riscos, vão ter também de lidar com a eventualidade de encontrarem os "restos" da missão inicial.
Típico filme de Danny Boyle em que se sente uma tensão crescente a cada minuto que passa e onde as relações e conflitos humanos, tanto físicos como psicológicos, estão sempre presentes e activos.
Além de um filme de ficção científica, inegável dado o ambiente geral, ele é sobretudo sobre os comportamentos humanos e como eles se despoletam ou adormecem de acordo com as várias situações de dificuldade ou atribulações com que se depara ao longo da vida ou de uma etapa dela.
Aqui temos então uma análise ao comportamento deste grupo de indivíduos que tendo todos eles uma missão em conjunto têm, no entanto, motivos que os movem completamente diferentes. Se para uns o objectivo é preservar a vida acima de tudo, para outros o que conta é o sucesso e integridade da missão. Para outros ainda é salvar o planeta e todos os que nele vivem e finalmente para outros, o único objectivo é poderem salvar aqueles que amam. É neles que pensam. É por eles que se movem.
Sejam interesses individuais sejam colectivos, todos eles possuem algo que os levou a participar neste missão e esperar dela obter resultados práticos e concretos.
Tal como todos os filmes de Danny Boyle também este acaba por se tornar num filme de culto, mas possivelmente o mais discreto deles todos. Aquele que à partida acaba por passar mais despercebido mas que, ainda assim, merece ser visto e retido.
Para chegar a este "patamar" é um facto que o realizador britânico se reuniu de um belo conjunto de actores que compõem as suas personagens no seu melhor, dando-lhes uma vida e vivacidade extrema para serem personagens marcadas e marcantes, e de salientar claro o reencontro entre Boyle e Murphy anos depois do grande 28 Dias Depois.
De referir e destacar ainda os fantásticos efeitos especiais que compõem este espectacular filme bem como a sua intensa banda-sonora da autoria do compositor John Murphy.
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7 / 10
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