quarta-feira, 14 de julho de 2010

Joy Ride (2001)

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Não Brinques com Estranhos de John Dahl é um intenso filme de suspense que tem nas interpretações principais Steve Zahn, Paul Walker e Leelee Sobieski.
Quando Fuller (Zahn) e Lewis (Walter) falam com um camionista pelo rádio que têm no carro nunca imaginariam que ele fosse um psicopata assassino que iria tornar as suas vidas num perfeito inferno. Com a chegada de Venna (Sobieski) ao grupo, este assassino que se sente humilhado pelos dois irmãos, resolve que agora é a sua vez de se "divertir" com os três jovens naquela que se iria tornar a sua pior aventura.
Este filme, ao estilo de um road movie, foi para mim uma agradável surpresa. Não só é do estilo filme pipoca que todas as pessoas acabam por ver e apreciar como também consegue provocar uns bons momentos de agradável suspense sem que para isso tenha de recorrer a clichés desastrosos e desinteressantes que o tornam mais numa comédia rasca do que num suspense bem conseguido. Aqui o suspense existe e sim, ele é real.
A ausência "física" de um vilão que atormente os protagonistas também é um aspecto bem conseguido. Na teoria esse vilão está sempre presente e sabemos que ele persegue de perto todos os principais intervenientes mas na prática ele nunca aparece com grande destaque ou percepção em nenhuma das cenas em que supostamente deveria. O medo pela ausência do principal interveniente funciona e muito bem acabando por ser um dos principais elementos de suspense de todo o filme.
Os actores protagonistas também evidenciam a química que sentem uns pelos outros. Steve Zahn como o "bobo da corte" de serviço acaba por ser igual a si próprio que é o mesmo que dizer que utiliza a sua veia cómica para aqui ser o "descompressor" de todo o suspense. Paul Walker como o irmão mais reservado, mas sem se descolar da imagem de menino bonito, torna-se um dos elementos ditos "românticos" do filme com a protagonista Leelee Sobieski. E esta sim, foi para mim, a grande surpresa de todo o filme. E porquê? O único trabalho de Sobieski que tinha visto à altura havia sido a encarnar Joana D'Arc e aí mostrou ser uma perfeita actriz para um desempenho histórico com a qual facilmente a identifiquei. Ao ver que participava num filme deste género desconfiei de imediato e esperei o pior. Felizmente enganei-me. Sobieski revela que consegue não só encarnar importantes figuras históricas como também filmes ditos "blockbusters" (sem que este seja disso grande exemplo mas é o que mais próximo está dentro da sua filmografia).
Sem grandes dotes interpretativos é, no entanto, um filme bastante interessante considerando o género até porque normalmente este tipo de filmes resvale sempre (ou quase) para obras fracas, desinteressantes e pouco apelativas. Aqui o humor é pouco mas competente e o suspense muito e bem concretizado e faz este filme valer a pena do princípio ao fim provocando no espectador uma tensão a todo o vapor.
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8 / 10
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