segunda-feira, 31 de maio de 2010

Death Defying Acts (2007)

Houdini - O Último Grande Mágico de Gillian Armstrong conta com as prestações de Guy Pearce, Catherine Zeta-Jones e de Saiorse Ronan, numa história que se centra no período final da vida do mágico Houdini.
Pelo trailer o filme promete muito. Pensamos tratar-se não só de um bom drama como também de uma potencial história de amor com alguma pitada de paranormal, uma vez que Houdini se desloca para Edimburgo com a finalidade de desmascarar falsos videntes até encontrar aquele que seja de facto real e que consiga comunicar com alguma entidade para além da morte.
Assim, aquilo que promete ser o início de uma história de amor quando Houdini (Pearce) conhece Mary (Zeta-Jones) e a filha desta Benij (Ronan). O filme aquece um pouco (não, nada de porno-erótico) mas não adianta em nada uma vez que entre Houdini e Mary nada acontece para além de uma paixoneta platónica, o que de certa forma faz abrandar o potencial interesse que o filme tem.
De seguida outro ponto forte que o filme tinha e ainda assim não foi em nada aproveitado, foi a possibilidade de entrar pelo campo do paranormal e do potencial interesse que o mágico teria em desmascarar os contos do vigário que lhe queriam pregar a troco de uma enorme recompensa monetária contudo este é mais um tema tocado muito ao de leve durante todo o filme, passando em muitas ocasiões até por ser algo totalmente secundário.
No fundo, se formos a analisar coerentemente, este filme não consegue estabelecer uma grande ou coesa história que dinamize o potencial que poderia ter alcançado fazendo no entanto leves abordagens a vários tópicos que acabam por morrer à nascença.
As interpretações, todas elas sem qualquer excepção, são muito pobres e com pouco conteúdo, também ele ficou pelo início, não sendo explorada nenhuma das personagens de uma forma real e convincente.
Chegamos aqui e perguntamos "afinal o que é que o filme trouxe de positivo?". Bom, a isto a resposta é também muito simples: praticamente nada. À excepção de um muito bem elaborado trabalho de fotografia da autoria de Haris Zambarloukos que confere ao filme um ambiente sombrio e misterioso tudo o resto passa, de uma forma espantosa, ao lado.
Pouca é a coerência entre as várias personagens do filme deixando com que praticamente tudo fique por explorar bem como os demais aspectos da história também acabam por não conseguir ser desenvolvidos nem sequer um pingo de dinamismo apresentam. Tudo é referido e falado, mas muito pouco (ou nada) é devidamente desenvolvido de forma coerente.
Não vence nem convence e quanto muito serve apenas de motor para divulgar ao mundo que a Zeta-Jones ainda está em forma para fazer filmes de "menina bonita".



4 / 10

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