terça-feira, 31 de março de 2009

Festa de Cinema Italiano em Lisboa

Acabado de chegar do Instituto Italiano de Cultura, o aviso da segunda edição da Festa do Cinema Italiano em Lisboa que este ano conta com a presença de, entre outros, o actor Elio Germano, e para o qual deixo aqui o respectivo link para uma posterior consulta à sua programação. Até lá...

sexta-feira, 27 de março de 2009

XVI Caminhos do Cinema Português

Agora que chega a altura da atribuíção dos prémios ao nosso cinema, são anunciados os filmes seleccionados para a XVI cerimónia dos Caminhos do Cinema Português, anualmente entregues em Coimbra. Assim sendo, podem sempre consultar os inúmeros nomeados nas categorias de Curta Metragem, Animação e Documentário na página oficial, quanto aos seleccionados para a categoria de Longa Metragem deixo-os aqui mencionados, e são eles:
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100 Volta, de Daniel Souza
A Corte do Norte, de João Botelho
A Ilha dos Escravos, de Francisco Manso
Aquele Querido Mês de Agosto, de Miguel Gomes
Contrato, de Nicolau Breyner
Entre os Dedos, de Frederico Serra e Tiago Guedes
Goodnight Irene, de Paolo Marinou-Blanco
Second Life, de Alexandre Cebrian Valente e Miguel Gaudêncio
Veneno Cura, de Raquel Freire

quinta-feira, 26 de março de 2009

quarta-feira, 25 de março de 2009

Career Suicide (2004)

Esta curta metragem, disponível na íntegra através deste link, que muito, MUITO pouco de novo trás para nós espectadores, exceptuando um ou dois escassos momentos que pode provocar alguns sorrisos (e não risos), é mais um daqueles exemplos de filme que enfim, distrai mas que se perdermos também não nos irá fazer grande dano. Previsível, MUITO previsível, pouco elaborada e espalhafatosa demais para poder reunir algum grupo de fãs (digo eu), à excepção talvez de quem a tenha feito, e ainda assim duvido.
Vê-se, digere-se muito facilmente, e ainda mais depressa se esquece que se perdeu pouco mais de 10 minutos a vê-la.
3 / 10

quinta-feira, 19 de março de 2009

A Corte do Norte Trailer

E porque o cinema nacional também merece a devida publicidade (pelo menos quando cheira a algo de qualidade), e porque o João Botelho vai dando sempre mostras de qualidade, aqui fica o seu mais recente trabalho que estreou hoje: A Corte do Norte e o respectivo link do website do filme para os mais interessados.

Matrimonio all'Italiana (1964)


Repito-me quando digo que não há nada como um bom filme italiano, e para o provar nada melhor do que este belo exemplar: Casamento à Italiana, o segundo filme que vi com a Sophia Loren a falar em italiano (e a segunda nomeação a Oscar de Melhor Actriz), no belíssimo e inspirado papel de Filumèna, retratando o caso de muitas das mulheres vítimas fa guerra que acabam na prostituíção, como forma de sobreviver ao caos. E para lhe fazer companhia como o seu par neste (e em tantos outros) filme, o grande Marcello Mastroianni, como o homem que a acompanhou toda a sua vida e o único que ela amou sem ser devidamente correspondida.
A trama de todo o filme, que decorre na cidade de Nápoles, e a química que ambos têm ao longo de hora e meia de uma intensa comédia dramática, fazem deste filme de De Sica uma obra intemporal e sem dúvida uma daquelas que não se deve perder.
8 / 10

Chéri Trailer

Para quem é um fã como eu dessa excelente actriz que é a Michelle Pfeiffer, e que sente saudades de a ver num potencial bom filme, aqui fica o trailer.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Natasha Richardson

1963-2009

Blink (2001)

Esta curta-metragem Blink, tenta despertar-nos a atenção para os nossos stresses, obrigações e para a pressa com que vivemos o nosso dia-a-dia, e como esta conjugação de factores pode por vezes (muitas vezes) fazer-nos olhar (e não ver) pequenas grandes coisas que se passam mesmo à nossa frente. Uma curta interessante, mas não fabulosa, disponível neste link.
6 / 10

sábado, 14 de março de 2009

Johnny Flynton (2002)

Johnny Flynton, que não apresenta um cartaz para poder ser o seu cartão de visita, mas melhor ainda entrega-nos a própria média-metragem de bandeja.
O que dizer ? Foi candidato ao Oscar de Melhor Curta Metragem de Ficção, não é um filme que se possa considerar "mau", mas também não é nenhuma especialidade de última hora. Vê-se pela curiosidade que se possa ter do próprio filme. Tenta passar a mensagem de que não devemos julgar o "outro" pelo seu aparente aspecto, mas consegue ser previsivel no seu desfecho graças a essa mesma mensagem que tenta passar.
De uma forma geral é fácil de se ver, devido principalmente à sua algo curta duração, e aconselho a quem tenha 40 minutos para dispender poder vê-lo no link onde se encontra disponível.
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6 / 10

Yat goh hiu yan (1997)


Acção Total, este que é mais um filme desse "vulto" do cinema chamado Jackie Chan. Este é mais um daqueles filmes do "murro e pontapé", que muito pouco (se é que algo) adianta. Entretém é um facto, mas à margem disso, é um modelo de filme que está totalmente gasto, que tem interpretações más e os clichés do costume... Mafioso italiano que aqui não apresenta um sotaque de Nova York mas sim da Austrália, e que note-se, anda descalço pela casa para não a sujar. É no mínimo hilariante! A namorada ciumenta da estrela principal, e as habituais confusões em torno da prova que pode incriminar o dito mafioso. Resume-se a pouco mais de hora e meia de soco sucessivo para animar a festa. E o trailer claro.

3 / 10

sexta-feira, 13 de março de 2009

The Hours (2002)

As Horas. Como até à data não encontrei melhor texto para definir este filme, como aquele que em tempos e noutras paragens escrevi, aqui o deixo de novo para vos transmitir a ideia daquele que é para mim um dos melhores filmes de sempre. E aqui fica também o trailer.
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"Virginia Woolf: My life has been stolen from me. ( ... ) I live in a town where I have no wish to live. ( ... ) I live a life I have no wish to live ( ... )
Virginia Woolf: I'm dying in this town.
Leonard Woolf: If you were thinking clearly, Virginia, you would recall it was London that brought you low.
Virginia Woolf: If I were thinking clearly? If I were thinking clearly?
Leonard Woolf: We brought you to Richmond to give you peace.
Virginia Woolf: If I were thinking clearly, Leonard, I would tell you that I wrestle alone in the dark, in the deep dark, and that only I can know. Only I can understand my condition. You live with the threat, you tell me you live with the threat of my extinction. Leonard, I live with it too.
Virginia Woolf: This is my right; it is the right of every human being. I choose not the suffocating anesthetic of the suburbs, but the violent jolt of the Capital, that is my choice. The meanest patient, yes, even the very lowest is allowed some say in the matter of her own prescription. Thereby she defines her humanity. I wish, for your sake, Leonard, I could be happy in this quietness.
Virginia Woolf: But if it is a choice between Richmond and death, I choose death."
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Apesar de já lhe ter feito uma breve referência, num post mais antigo aqui do blog, ainda não lhe tinha dedicado especialmente um... Chegou então a altura certa... As Horas é para mim, um dos mais geniais filmes que vi, que tive o prazer de ver, até à data. Já não falando na presença de três das minhas actrizes preferidas, Nicole Kidman, Meryl Streep e Julianne Moore, falo na história, nos momentos, nos silêncios, na banda sonora, nos diálogos, e nos olhares. Muito especialmente, nos olhares. Os olhares vazios de Moore, saudosos de Harris, tristes de Streep, e sem esperança de Kidman.
Esta é uma história feita de momentos, de situações e dos acasos que marcam uma vida... A de todos. Aqueles acasos que não só nos marcam, como nos transformam e nos mudam.
Senti uma especial empatia por este filme, por pela primeira vez, ter num filme diálogos que poderiam e possam já por mim ter sido ditos. Como não há quem perceba aqueles nossos momentos de silêncio, de extrema alegria ou tristeza sem fim. Os momentos em que na realidade somos nós, e como mais ninguém o consegue compreender. Os sítios onde estamos, as coisas que temos de fazer, aquilo que nos apetece, as pessoas que desejamos, os objectos que repudiamos, e como mais ninguém o compreende, a não ser o nosso "eu".
Os pensamentos que temos, as situações que os desencadeiam, as consequências que deles vêm, a justificação que "temos" de dar aos demais, e como estes julgam que o que decidem, sugerem, teorizam e opinam, é de facto a melhor opção para a nossa própria felicidade. Como o silêncio que para "ti" te tráz tranquilidade e harmonia, para "mim" me mata aos poucos, me aproxima da morte, não compreendendo que aquilo que me dá animação e me faz viver, é a loucura da agitação diária. Dá-me energia, faz-me sentir, dá-me alegria, trabalho, movimento, acção, raciocínio e me tráz aquilo que quero... Vida...
Como os momentos passados influenciam os nossos hoje e amanhã, estabelecendo para sempre entre eles uma ligação nem sempre harmoniosa, mas que ditam quase sempre aquilo que ocorre lentamente e progressivamente junto do nosso "eu".
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E porque há momentos de silêncio... E porque há momentos de barulho... E porque os há, em que eu quero ser EU.
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E especialmente porque há momentos em que simplesmente quero... ( texto sem fim )
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10 / 10

quarta-feira, 11 de março de 2009

La Leggenda del Pianista Sull'Oceano (1998)



Aqui está aquele que é um dos meus filmes preferidos, A Lenda de 1900. Tomei conhecimento dele assim como de tantos outros através dos famosos trailers que há anos vinham nas antigas VHS a anunciar as futuras estreias, e quando reparei no seu realizador, o grande Mestre Giuseppe Tornatore, ficou imediatamente "debaixo de olho".

Como é óbvio não irei aqui revelar nada da história do filme, essa ficará para aqueles que ou já o viram, ou irão ver motivados por uma qualquer curiosidade. Adianto que o actor principal do filme é o fantástico Tim Roth, que já nos habituou a todos aos mais surpreendentes BONS desempenhos, e que aqui, para mim, tem talvez o seu melhor de sempre, num drama que é como qualquer bom filme italiano bem intenso, comovente e que trás consigo uma simplesmente emocionante banda sonora composta pelo magnífico Ennio Morricone, como aliás muitos dos filmes de Tornatore.

Ao contrário do que muitos daqueles que já viram o filme dizem, sobre a personagem de Tim Roth ter abdicado da sua liberdade, a ideia que a mim me transmite a sua personagem é que ele vive a sua própria liberdade, abdicando daquilo que outros acham ser o "correcto" e o "convencional", ditando as suas próprias regras e vivendo a sua vida numa perfeita harmonia e humanidade para com os seus companheiros de viagem (sim, o filme decorre no seio de inúmeras viagens, e mais não digo), assim como o momento em que já se encontra a mais este mundo, depois de já o ter visto a todo, e ao desumano que chegam aqueles que, ao contrário dele são, normais. Uma história que se "resume" a isso mesmo... Como cada um vive a sua liberdade e a sua humanidade num mundo que se encontra sempre em mutação, e como aqueles que se encontram na sua margem conseguem vivê-lo de uma forma mais humana.

Tudo está, neste filme, perfeito. O conjunto de actores, o argumento, a realização, cenários, banda sonora, o guarda-roupa, o retrato da época. Confesso-me apaixonado por esta brilhante história. Este filme está recheado de puro prazer cinematográfico, para o qual deixo aqui um aperitivo com o trailer.
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"1900: The Voice of the Ocean...
Yes in land you can hear it's voice... You can't hear it in the ship.
Max: What do you mean ?
1900: It's voice... it's like... a big scream telling you that life is immense... Once you finnaly heard it than you really know what to do to go on living"
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10 / 10